sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Um texto de formatura

Após longos 11 anos de estudos, ou mais, terminamos o nosso ciclo básico de ensino e iniciamos a busca pela entrada na universidade. Através de provas não tão justas juntamente a outros critérios de seleção adentramos a Universidade. Abordarei um pouco sobre a nossa breve jornada de cinco anos na Unifei no curso de Bacharelado em Ciência da Computação.

Esta inicia-se com desistências logo em nossa primeira semana, outras no fim do primeiro ano. Nas aulas de cálculo aprendemos a nos integrar para alcançarmos um objetivo em comum e assim derivou-se o início do nosso aprendizado. A álgebra linear nos deu algumas direções, muitas vezes como uma soma de outras tornando-as única sem seguir uma lógica matemática ou computacional. Começamos também a empreender e até motéis com chafarizes surgiram nunca deixando de lado a parte significativa e os erros que poderíamos encontrar. Passamos por esta porta inicial que continha um caminho todo cheio de outras portas OR, AND e até mesmo XOR.

Em um segundo momento começamos a nos estruturar e nosso conhecimento foi tomando forma de listas de prioridade, empilhando e desempilhando atividades de forma rápida pensando sempre no melhor desempenho agregado ao bem estar. Começamos a entender certas arquiteturas e como um disco rígido fomos preenchendo nossas trilhas e setores, precisando às vezes desfragmentar tais dados de forma rápida e acelerada.

Verificamos que a ética também deve existir em nossas profissões, na verdade esta é imprescindível onde quer que se esteja, entretanto, seu problema é a subjetividade. Começamos a falar em outras línguas e até mesmo fazer piadas que poucos entendiam sempre analisando se os loops de nossas rotinas diárias não estavam ficando um tanto complexos. É interessante como de repente necessitamos compactar certas informações ou então encontrar o mais rápido caminho para chegar ao conhecimento no emaranhado de árvores e grafos de nossos cérebros.

Caminhemos para o alto nível e identifiquemos as necessidades daqueles que necessitam da computação sabendo processar corretamente as linguagens utilizadas, seja através de autômatos de pilha ou máquinas de turing. Nosso conhecimento não cabe mais em estruturas simples e a armazenamos em base de dados sempre modelando-as em diversas etapas para que possam ser acessadas como quisermos, com confiabilidade e disponibilidade, ou seja, nossos sistemas operacionais biológicos entrariam em um lapso se não fosse o planejamento. Depois de navegarmos pelas velas acesas das noites compilamos tudo e verificamos a corretude da sintaxe e o fechamento de todos os parênteses abertos até então. Utilizaram-se para isso os melhores protocolos através de nossos amigos e colegas formando uma grande rede de topologia distinta.

Em nosso penúltimo ano começamos a enxergar cores e desenhar retas que apontavam para este dia em que vivemos e que muitos almejam chegar. Podemos hoje ver como nossa inteligência é muito além da artificial, seja esta gerada por heurísticas ou redes neurais. Animamos, cortamos, preenchemos e jogamos com toda nossa vontade caminhando por labirintos e fontes com ou sem serifa, com ou sem economia de tempo e esforços. Sempre esperamos que não acontecesse um dead lock com ninguém, imagine então o starvation. É engraçado ver como alguns tentaram utilizar o algoritmo do avestruz e sim precisávamos de um sistema distribuído e porque não de tempo real para conseguir chegar até aqui?

Muitos, durante estes cinco anos ou mais, também participaram de diversas atividades como jogos de futebol, truco ou winning eleven; maratonas de cerveja ou computacionais; brigas entre robôs ou com postes; voando com a equipe de aerodesign ou para melhorar a língua que desejavam falar; entre outras tantas. Com certeza estas atividades agregaram e muito àqueles que as executaram.

Por fim, sabemos nossos direitos e a organização que desejamos alcançar em nossas vidas. Este estágio chega então ao fim tendo sido supervisionado por nossos mestres e após um final inicia-se um novo começo no real mundo acadêmico, comercial ou no qual se enxergar virtualmente.

Nenhum comentário: